''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''

terça-feira, 24 de maio de 2011

Dos pequenos e inúmeros ramos de brotos e caminhos.

O jantar do meu dia se soube em noite
quando não cabia em mim
E nem na saciedade da fome
ou na chama entre velas

A luz nascia quieta vislumbrando mais,...
a minha sombra era o que se personificava repleta,
embora só.

Pois há uma personificação além do ausente
em que repete no carinho de um elaborar
o que é contente - em sentir,
e fazer frutificar.

Multiplicando pratos
e aumentando o reflexo na taça
- dos olhos contemplados desde perto,
vinho, pele e luz

Que são o translúcido de se repetir em silêncio
e infinidade, do que se adora
e vira um tênue apreciar...
(Ou Quando vira o teu nome, o prato mais doce.)

3 comentários:

Fábio Ricardo disse...

O ausente não significa necessariamente ausência. O ausente pode ser o lado mais belo da presença. Da nossa própria presença.

Cláudia I, Vetter disse...

justo!
(e como já dito...)

Porque estar só não é sempre solidão,
e nem a noite a vaguidão do escuro,
secura da boca, paladar....

Posso brindar meu silêncio!
permitindo novos caminhos,
famintos gestos e do branco vinho,
minhas não-velas e luzes bem acesas...

;)

Xuxudrops disse...

O que se repete em silêncio é translúcido, claro e nítido, feito no automático. Tipo gostar de te ler!
Beijos!