O que se faz quando se depara com o plácido lúcido e óbvio demais para realidade revelada difícil? O que o toque sombrio dos olhos cansados e esfumaçados repetem nas lágrimas que cachoalham os lamentos de dentro, mais indubitáveis? E os lábios que sedentos e saudáveis balbuciam a parte doente que dói, de quem se esconde, e num sorriso disfarça seu medo e provoca a distância que estafa o inevitável?
E eu pereço sem o amor e o carinho que devo minha pouca vitalidade. A vontade se pondo vasta na revolta e incompreensão da falta, a dor do gosto que não será, não será me provocando que se tirará o que guardo aqui dentro. Não é pedestal algum que me isolará do cruzamento de destinos sem definição. Da minha calma, da minha dor, do meu apego, do meu vazio e dedicação.
Quem será que vai ceder a entrega e burlar a vaidade e me estender um rubro mártir de verdade fundo no peito?
Um alguém que acredite em mim.
Um alguém que eu vejo todos os dias nos meus olhos e chora minhas saudades, conta meu tempo e a história (?!). Alguém que inverteu o espelho de dentro pra fora, e que me faz hoje verdadeiramente o que é, minha vida.
''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
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