''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''

segunda-feira, 12 de abril de 2010

jour, jour. (cúmplices)

o que vem doendo não é a prece de um amor em dor de existência,
é a falta da sua mais pura linguagem em vívida companhia, que basta-se
ao espaço ingênuo de compartilhar a vida imensa sem a perda de sua capacidade em si,
e não envaidece-se na história de ter sido algum dia; existe pra fortalecer o que acelera genuíno o par que se corresponde, e em tamanha precisão que afasta o inexplicável na premissa de que dois é um par e responde o que repete como ressonância do real e não erro de passado atenuante para o tímido de pensar que é fácil viver em paz. sequer acreditar que sofrer é aguentar o fardo de uma escolha, a condição persevera o que pode superar nos limites em que encontra vendo barreiras também, e no leito uma margem, uma margem pra denotar a continuidade de um fluxo, basta esticar os braços e velejar em pleno tom. entregue-se!, meu amor.

o que eu nunca te disse cruza linhas como digitais,
um único expandindo a pele, dia após dia.


"(...) O que falam, quem são, o que pensam, nada interessa ao homem. Ele entra no rio até os joelhos, dobra-se para molhar os braços até os cotovelos, joga água no peito e nas costas, e volta para a margem. (...)"