A sensação de retorno por uma linha que se volta branca, exceto pelo risco que tem - e que me atinge, como o preço de pintar a pureza dessas nuvens que enxergo, nas linhas adiante: nos traços das minhas mãos.
O horizonte nascendo de novo sem explicação que vivifique a razão de abrir os olhos e sentir o mundo além de palpebras e películas e interpretações; me acorda e não me diz, deixa os passos ao corredor em lembranças correntes da própria luz do dia; presente em tudo, vinda de mim pro mundo, e uma coisa só.
Já não nego mais e o resto parece como água parada secando-se dos últimos dias, como folhas intactas louvando-se ao sol por ser o único depois da falta de vento e o inútil de soar-se em porquê. Pelo encontro que a a apatia registra, mas não difunde.
Pela falta de nome e existência pura,
da entrega plena,
da postagem dos dias repetindo-se pelo marcante;
e o essencial que brota nas letras do branco da pele
e da existência uma vez mais.
Eu não sei como purificar isso tudo daqui, eu sinto vagarosamente e o ciclo envolve uma forma que explicará meu movimento; e se é distância que discerne, eu não caminharei pelo que não luto, nem acreditarei no que não enxergo, eu só sigo, eu sigo e o branco retorna.
- Não é a sensação de distância que se explica, justifica uma falta, mas não alonga a linha que reescreve
-se todos os dias; ela persiste, resiste numa força que é uma aurora lenta, sem hora, sem nome, mas toda de mim.
''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''
sábado, 1 de maio de 2010
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