''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

De sentir tua respiração sob meu peito,
eu redescobri metades que sem medidas disseram
em minuto d'uma noite,
um gosto de infinito entoado no próprio
efêmero palpável
- como carinho nosso de cada dia

Um definição passível de paradoxal
do que se conclui em silêncio,
avolumando a certeza que em si cresce,
como raiz...

O amadurecimento de cor de rubor,
de palidez, de cansaço,
da transparência viva de poros
crus e inexatos

É de cálculos sem fronteiras dizíveis,
plenos desses esboços contínuos,
da inspiração pura de uma presença
Intensa até de medo de uma surpresa
que seja uma ausência não-quista;

mas em mesmo,
a leveza de se abrir
e do vazio,
ver de novo a descoberta

Como brindar a palavra muda
com a intenção única
de elevar a percepção desta
Como esse instante infalível,
porém intocável

Neste, aonde em que se permite
da metáfora a vida em matéria, eis:
meus lábios que beijam teus olhos
e eu te revelo, uma vivência
sem escrita pontuada

posto,

que pouco a pouco minhas mãos te chegam
e pedem fôlego
só pra desaprender

e continuar,
de novo.