As gotas balançam sob o mundo de pouco equilíbrio,
elas que com a luz de crepúsculo, aparecem agora tão sépias
- com uma luz única vindoura desse pêndulo do tempo
Que chove e acorda sentimentos escondidos,
seguros de sua própria poeira.
De repente a gente sente que se guarda
mais do que se aguarda,
e que tempo é até medida pequena perto de tudo que é presente
Mais que enlaçados em proporções exatas,
é esse cheiro da chuva na terra
que traz o gosto à língua e a vontade de dizer
Até do que mora há tanto,
e mais que tempo ainda, pode ser nostalgia ou nova ânsia...
E não acaba no fim dessa luz que precede o anoitecer,
vai ser como um suspiro de não entender mas manter-se preciso
Em prestar-se a viver o segundo depois
que até o próprio respirar vai responder...
''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''
sexta-feira, 20 de maio de 2011
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