aonde um amor e uma capacidade de perdoar tão grande
não tem um par de asas pra voar e um par de pés pra afixar
essa dualidade que é uma união e não extremos?
que justiça de um que não vive sem o outro,
que nos escolhe, mundo?
o peito se abre com a lentidão de uma faca cortando a pele pura
o teu desejo mórbido de ver sangrar o alimento
é a veia espessa que não estanca por aqui;
que dentes famintos os sorrisos não satisfazem?
olho por olho vale mais que o dente por dente
eu não tenho fome nem sede;
as lágrimas embebem o que a saliva condensa e
a língua bate entre os dentes pra chamar algo:
então
''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''
quinta-feira, 1 de abril de 2010
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