A dor que dói lateja o quente que toca e amacia e urge o que queima e não esgota, porque abrasa. E o fim não é evidente e nem tão covarde; um consentimento cego que fecha os olhos pra sentir - não me responde, mas me foca deslocada e ensaia meus gestos em risos e milagres pequenos, nada santos pra humanidade fraca demais das suas verdades.
A minha revolta retorce o estômago e estranha o corpo, afoba minha respiração, impacienta o útero até de suas flores, desleixa.
Ah mundo injusto, me põe no eixo seja dos desgraçados, porque não há mais apuro que aguente, essa paciência que estranha se alimenta no justo instante em que se esgota e diz que não aguenta mais. E diz. !
A raiz no ar
que eu inspiro
por respirar.
''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
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