''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Semente

Um miolo seco e vívido demais que permanece resistente, aos pontos longos de sua solidão.
Um ressecado úmido pelo tempo pressagiando a existência num oco firme de seu eco;
vida plena eclodindo tão dentro.
E sem se perguntar, vai consentindo como quem toca ou não, o vento espalhando-se em plena semente que um dia morreu da terra pra fluir em vento - nasceu num momento, que não precisava existir espaço, ele em si era raiz.
Usou-se de corpo como veículo perfeito pra uma concepção que não cabe, como sempre soube, mas nunca fugiu - por isso é maior que consciência, mas não menor que vivência.

Eu só posso ser o que claramente sou; porque existe essa aurora - e na minha concepção desse infinito, um sempre.