''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''

domingo, 11 de abril de 2010

a casa antiga mora em mim

não sei se é possível detalhar a grandeza que se alarga nesse instante;
cobre-me a epiderme resolvendo tornar palpável tudo o que sinto de mais cru, de mais vivo de mais clemente de vida . como se os poros realmente resolvessem a escapada de uma intensidade; refletindo tudo o que se é capaz, desde o brilho de muitas lembranças.

'eu não sei se eu vou conseguir também'.
e se são mentiras ou memórias que vão dar caminhos a esses pés sem fome de mundo, mas de caminhos convictos que me levam a ser simplesmente o lugar que preciso; da repartição.

a solidão de um dia sóbrio vai caminhando nesses trechos
e imensamente, respirando e morrendo aquilo que nunca deixou de ser em todos os percalços
página por página, suspiro por inspiro e tudo pelo fatal.
tudo.

ainda vou entregar as palavras respectivas,
quem sabe eu consegui fazê-las, no possível que se referiu em tamanho arrebatamento
ao que estirou cada letra como sangue,
pura prova do meu existir sentindo isso fundo como somente eu mesma poderia ser.

eu, mulher (menina).