como uma camêra lenta abrindo escondida e muito fundo,
de repente, o peito
Uma descoberta inconclusa, de uma surpresa que
o tempo não condensou em frutos
Recortando momentos árduos,
desde um instante que globaliza os olhos em infinito,
pra um dia entre momentos retraídos em ardume do céu,
secura da boca
E os dedos que circundam o que não está,
desenhando uma bolha de guardar numa moldura efêmera
os traços bons; do que não se apaga, mas ficou líquida versão
evaporando num verão mais
Mais um pouco sem,
outro tanto se revela além
E tudo completa desde a cor das unhas
aos olhos ardidos de um coração em saudades
...