nos meus dentes famintos são as pérolas de um sorriso pra abrir a boca o suficiente que possa pra dizer da forma maior para o mais infinito e invisivelmente a matéria que transcenda, um sonoro, um vívido, um absurdo:
E a lavoura, meu amor, vai lavrada de água, um parto de lágrimas vindo de cima, muito acima de nós.
"(...) não tenho culpa desta chaga, deste cancro, desta ferida, não tenho culpa deste espinho, não tenho culpa desta intumescência, deste inchaço, desta purulência, não tenho culpa deste osso túrgido, e nem da gosma que vaza pelos meus poros, e nem deste visgo recôndito e maldito, não tenho culpa deste sol florido, desta chama alucinada, não tenho culpa do meu delírio. (...)"