''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''

quarta-feira, 10 de março de 2010

Noite escura, escura...

Uma dor fina no couro
é a pele pedindo sutilezas
Como um céu sem arrepios

Porque decolam as estrelas
no seu manto em sereno
e sob a cabeça o que pode
ser plausível sem uma razão
que preceda

O verso entre a grama,
germinando o som do silêncio
que cresce na infinitude
de gestos humildes e sós.

Aguardando teu encontro
e amortecendo devagar...
as saudades
repletas de falta, matando a gente um pouco
para que não seja desencontro
para que não seja amargura
para não amortecer o
tanto que ainda faz de bom.
e eu te espero.
"(...) XXXII
E facas tão alongadas
Trilhas, estradas
Frias escarpadas
AINDA para a tua volta." (Hilda Hilst)
porque qualquer gesto teu é luz.