Aujourd'hui

''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Migalhas de mofo, tempo esgotando.


(...)  o nada ainda, o nada que nos espera e é essa miséria como a força do inferno do chão comestível. Nesses pés promissores do celeste, sensíveis para a miséria maior - expandir o que se sabe. E esquecer, o limite de uma ilusão para viver um sonho abandonando a vida no que rui e não lhe pertence.

terça-feira, 22 de maio de 2012



É um pulso
das coisas tolas

desviando as linhas retilíneas

Mas não representando mais que um
poema de suspiros próprios


Uma nuvem que vive a parir sorrisos
- colorindo o que vem do céu
com a expressão que vem abaixo,
de múltiplos rostos

Vívidos imaginando o que tem além-céu...

Uma vontade de gostos tantos
e uma razão só

Profunda da riqueza de uma luz,
que o tempo que vagueia não caça
E o que é sentir não tem medo  de se induzir...


* * *


'docemente encantado'
, foi o que o dia melodiou.



segunda-feira, 30 de abril de 2012

Ela entre, um compasso de mil tons.


Aprender a dançar em silêncio,
solfejando a textura da redenção

Como pra si era um dom!

Uma nota descoberta e aveludada na
auto aceitação... como vibrava...

e não se perdia...!

                     .. .

quarta-feira, 21 de março de 2012

*

''(...) uma estrutura simples de sons super-requintados de palavras em que ninguém acreditava mais, a dizerem o amor dói mas existe; que é melhor crer do que ser cético; que por pior que sejam as noites, há sempre uma madrugada depois delas e que a esperança é um bem gratuito: há apenas que não se acovardar para poder merecê-lo."

(Vinicius de Moraes)

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

De ouvir uma voz e se dispersar os sentidos,
é mais que sentir um instante em si
Em que não saber como se invade os poros,
como se cogita o levitar como caminho,
faz desses pequenos tons, vivas metáforas
condizentes do próprio tempo...

Tilintam o estranho como porvir necessário
A pausa do comum pra distrair a própria calma
em reencontrar-se nas preciosidades perdidas

De pouco nos revelamos extremos
nos florescimentos inexatos em perdições da mente
de leve, agudas, inerentes

mas donas de um dia além do seu pôr de sol,
nascer da lua, é advinda de um coração inexplicável,
aprendendo a recitar cada dia mais seus pulsares

devagar e puramente...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Um instante,
em que acordar de sobressalto
traz uma sinestesia, uma beira que não se sabe se é delírio
como a beleza, efêmera e inexplicável...

Posterior,
contorna o outro lado, um lado sutil
- à sombra do sorriso perolado

De um adeus,
que não dado

ao tempo de sentir,
é recordado.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Das coisas bonitas e preciosas,
que tanto se quer engrandecer, compartilhar
Sinto que queria diferenciar,
ao encolher estas numa partícula

Volumosa, concisa de seu brilho,
tão aguçada que seu existir por si só
seja a sinestesia desse porvir

Que te compactasse,
como uma pérola que aparece sob um pescoço declinada;
torna-se desculpa, promoção alheia,
mas o que dela se vale é a proporção de que ali está

Porque é obra de quem deseja de todo olhar e coração,
perceber como parte pura do que enche o peito
Estufa com o gosto do imprescindível,
o ar que preenche o respirar por inspirar

Pode parecer de um lume pequeno,
mas é da raridade dos pequenos apelos
para as infidáveis ternuras
de teu retrato sem nome, sem governo

- e assim, de súbitas transformações e vivências inteiras.