''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Cansa-te os olhos e abre o peito.

Que medo que o teu medo
seja espelho do meu avesso
Uma euforia instantânea e a efêmera consciência da realidade
se transfundindo no mesmo instante de vidro
e uma ilusão simples

Entre imagens e as vontades impedidas
pela veracidade de olhos nus
e as cores vibrantes, covardes
de toda a complexidade de existir entre minimalidades

A conversão de um choro na saliva
da boca conservada na saciedade de palavras brutas
E ouvidos falhos, entre canções emaranhadas
de um tempo e seus ruídos

Não se diz o que demora
pois o imprevisível é um gomo
que explode na mão sem força
a intensidade de receber apelos em extensão calma

E do sulco a alma num toque, entre o tempo-presente
embeber a verdade d'uma saciedade silenciosa,
conivente com a entrega e o caos de receber o mundo
num pensamento em si.

...e dentro de teus olhos uma história cristalizada.