Há dias que me abrem os olhos sentindo os cílios como pétalas invisíveis
Inebriam-me de sentir nos lábios seu aroma como gosto
e outrora a areia crispando meus dentes,
tremulando meu horizonte...
E na sua largura difícil,
de estações que não medem seus raios
e que quilometragens de luz não abrasam
me estratificam a superficialidade de um alento qualquer,
que varre a camada ou aspira o que
a três ou quatro sorvos não vai mais existir
E volto à fertilidade que me racha os poros
como terra esperando meu tato como gesto de vida...
Me perco em pensar se negligencio seus sinais,
ou se minhas respostas são reservas de um puro que se cura
Ou ainda, que se desenha avesso, ludibriado pela fome,
contornando estrelas; pois de cima pra baixo, na minha pequenitude,
sei que o brilho do intocável é certo e o infinito pode me proteger.
''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
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