Manhã se retratou agoniada explodindo aos gritos, raios lá fora, derretendo a calma que acordou comigo, mas as fatalidades fazem questão de descompassar meu coração.
Tarde muito quente e difícil. Por alguns instantes consegui ficar mais calma, mas o desespero é forte e me assombra.
Anseio por encontrar pessoas queridas, mas tenho medo de me espedaçar mediante tal raridade de mundo. É que eu desfaleço na minha própria força. Caio funda no escuro do fechar forte de olhos. Odeio esse calor que me irrita, meu âmago de ódio se amarga sentindo em amor pleno que não tem feito sua parte na minha vida. Ou eu que não deixo entrar. Estou confusa, muito. Isso me dói, o que me dói está doendo. Eu preciso me alimentar da minha alma, sentir no pão a minha prosperidade. Falar mais alto a palavra platônica, para que estremeça meu corpo e explique sua forma. Pra eu ser mais branda, e aguentar mais uma tarde como esta.
Para virtude da força da noite
que se alenta na sublime surpresa
de não reconhecer-se e gozar bonita
entre o espetáculo e o inevitável imprevisível de todas as vidas,
ainda que se queira tanto...
''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''
terça-feira, 1 de setembro de 2009
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