In Memorian
Eu contei os passos que alguém não podia dar, enquanto partia...e eu não ia embora.
Enquanto o adeus pairava mudo e eu na apatia contava a tortura
com os dedos presos na minha apatia dia após dia,
até que foi, e não me deixou embora.
Estou aqui, e a vida me parte em ter-lhe nas frestas, portas e janelas,
além da nudez do mundo e a fragilidade da existência.
Uma linha tênue entre os punhos fechados,
olhos cerrados,
o exaspero de um desatinar do respirar,
inspira o bálsamo pra ferida;
e mais uma vez, tentar acreditar na voz-de-grito contida.