A invalidez do corpo não perdoa, não deixa nem o dia lindo manifestar qualquer espacinho de esperança aqui dentro
Tosse úmida a vontade de dizer, e quando chora dói tanto,
que acabo dormindo no espaço demasiado.
E as horas passaram e eu fiquei ali, vagando entre o sono e o semi-sono,
os sonhos e as alucinações do que poderia ter acontecido
Mas entendi, o sofá não me daria tanto espaço a chegar perto de ti,
e nem passos meus para atenderem o telefone e ouvirem a tua voz,
nada tão perto de mim, uma voz pra soprar o coração.
Levantei perto das seis da tarde, neste estado de consumação lenta
o corpo demora a reconhecer e titubeia em realizar,
mas, fiz esfihas. E elas ficarão ali, na forma; bonitas e quentinhas.
Uma bela forma de mostrar que ainda estou viva,
mas viver nem sempre vale a pena.
Essa parte calma, quase fria, que me orienta é o efeito de um desgosto que nem o corpo aguenta mais representar
É infeliz essa existência, entre um corpo estirado, os lábios muito pálidos e secos
querendo dizer o que ninguém vai querer ouvir falar.
E é ninguém mesmo, o silêncio acalenta o nó da solidão;
e sem dor, uma nuvem vem me abater deixando alterada a condição de sofrer
ao eu me adaptar pela milésima vez à tua lembrança, a minha vontade, e não estás.
É, eu perdi, mais um dia.
Um dia perdido é pouco,
mas como,
eu perdi.
E pedi.
...
''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''
sexta-feira, 3 de julho de 2009
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