''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

As horas úmidas do ventre seco.

O vento invade o espaço como quem condena o vazio.

Não havia de ser fato,
mas as horas precisas passando,
se temiam, de dentro.

A boca cheia,
mas engasgada do nó da garganta.

Um incômodo como grãos de areia
debaixo dos pés, humildes já que vindouros
de desertos tão grandes...

A consciência da ciência de nossas falhas
e medo grandioso
Pela fraqueza que também é virtude
quando mostrada pelo potencial em si
de também preencher-se de força

Da umidade que vive os olhos
ensaiando uma melancolia
Questionando o torrencial que corre
por fora...

As janelas indicam
o que os olhos procuram por fora
Porque adentro já mora

E são partes
e são metades
e são pontos
portos
muros

repletos de vontade
mesmo que o sereno tenha ficado
mudo assim que o orvalho apareceu

E minha lufada teve medo
do assovio que desvaneceu
assim que se viu triste

mas de plena entrega.