''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

mais dia, mais noite.

os fragmentos notam um chão que os pés se comovem em viver;
retorcem os passos em fatais escolhas e a pele como sinal claro e vivo
de tudo o que se encaminha e todas as partes do corpo e da vida responderão...

riscos e medidas sem par,
uma notícia que não se apega ao girar íntegro do mundo,
pois um instante se desfaz sem carregar nada...
ao mesmo, tudo permanece e transmuta a essência
com as terras que se movem, e o eco que permanece.

quê me dirás sem voz quando a paz não for só um título?
quanto tempo mais que a falta dos teus olhos criarão distância em vento
e águas entre nós, deserto entre nós, notas e aguçado vazio
que completa uma paisagem sobre o real?
secando a tinta e esvaindo o frasco de mais um pouco e abrindo mais um tanto
e repetindo, sem pergunta, sem voz, sem você,
mas como tudo.


epiderme,
estrela,
luz,
verme...

uma mão sob o tempo e a densidade toda
que canta um palpitar úmido,
dia após dia e a par de tudo mudar, sem dia que conte
toda a descoberta que aponta.

entra mais vento e responde mais sutileza
- de violências rasgadas em palavras tantas
e vontades imensas que não saceiam até hoje.

...mas vamos tentar.

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