''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Pois,

E depois do dia liricamente amanhecido,
as palavras surgiram como serpentes que chamavam,
mas na minha resposta só conduziam ruídos;
direcionando seu corpo como ponteiros
esvaindo a mancha de um sonho na marca do travesseiro dormido,
e sozinho outra vez.

"(...) Toda a noite choraste... e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!

Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh'alma
Que chorasse perdida em tua voz!...''


E era só eu que morria.

Tu volta a ser uma miragem.
♪ Other Side

Um comentário:

Luiz Guilherme Augsburger disse...

"O ferimento [...]
É mono.
Não é estéreo.
Não arde nos dois lados
Não morde os dois lábios
Doe apenas aqui e se finda apenas no cemitério"

Mas na bamba corda em que se acorda,
leva-se a vida que nos leva
a ser o que se é
mas mantenha-se de pé

O suporte...
Talvez sejam as palavras
talvez sejam os amigos
talvez os autores
ou talvez os amores