Parece que sempre tem algo a dizer...
sempre.
Pois, se abre a boca pra sorrir ou pelo tédio,
meu deus,
como nao tem nada a dizer?
Diz sim, mudo nos lábios de pareceres passados,
ou olhos que enganam,
ou lágrimas engasgadas no cinza do céu,
ainda mais negro na terra que finca tuas vestes ao longe
- e mesmo quando perto, distante;
e eu aqui, sobressaindo a pele,
engasgando o dizer
que não é tudo o que se sente.
(e a dor foi tão insistente, nesse tempo todo, explodindo em ti
que me morre em eternidade e que explica um tanto de tudo
e sempre diferente
vai dizendo calado - vai subtraindo o silêncio nas batidas fortes
vai encurtando o rosto da sobriedade e calando os cochichos para
o atônico e pouco choro - mas explodindo!
no calor cheio das vísceras de uma cidade escondida nas vértebras frágeis
e na dor, ah, insistente porque há amor;
e o que faz sentido, se dispersa loucamente...)
porque foi?.
''Todas as horas ferem, até que a última põe um fim...''
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
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